armário - gavetas - chaves - sentimentos

Há muito tempo atras, os meus pais deram-me um armário e disseram-me para abrir quando tivesse a maturidade para abrir. Quis abrir mas precisava de uma chave para cada gaveta. Recentemente olhei para o armário, que estava iluminado com a luz brilhante do sol da manhã, observei e vi que cada gaveta tinha vários tipos de sentimentos tais como: Amor, Ódio, Amizade, Infância, Saudade, Inveja, Sonhos e muitos mais (...) peguei com jeito nas chaves para abrir a chave da gaveta do Amor, consegui abrir e começou-me a vir as lágrimas aos olhos porque era muito forte o sentimento para eu conseguir senti-lo agora no presente, vi um papel que estava escrito em letras muito pequenas: "Quando menos esperares, encontrarás alguém que te ame como tu amas!" e lá eu fechei. Apeteceu-me depois com curiosidade abrir a gaveta do Ódio e o que encontrei por surpresa minha? Encontrei pessoas que não via há muito tempo, que passaram pela minha vida, em que odiei por momentos e que ainda tenho um certo Ódio pela qual não vou referir mais aqui e vi outro papel bem lá no fundo que dizia: "Por mais erros que tenham feito, não tenhas Ódio mas sim ama porque eles um dia vão amar-te como tu amas!" fiquei estranho, não estava há espera de uma mensagem assim tão esquisita, mas sei que irei pensar nela profundamente. Abri logo a seguir a gaveta da Amizade tinha lá tanta coisa que não esperava ver, desde momentos de tristeza até momentos alegres, vi imagens de pessoas que tenho amizade de momento, recordei cada palavra que me diziam e mais uma vez vi um papel onde dizia: "Ama aqueles que te amam, porque aqueles que te amam não te deixam!" A gaveta da Infância era logo a seguir, eu estava em pulgas para abrir, abri com uma chave totalmente diferente das outras, era colorida, era uma chave que parecia de criança talvez por ser a gaveta da Infância mas com tanta curiosidade eu abri e vi desde do momento em que nasci até ao momento que me tornei num jovem. Lembrei-me desses velhos tempos pela qual eu fazia os meus erros e ninguém criticava-me, brincava com carros, brincava com os meus pais, fazia certos erros e os adultos achavam piada, ia para as poças de lama sujar-me todo e realmente era feliz, sim aquele rapaz pequeno era feliz. Vi mais uma vez um papel onde dizia: "A infância que tiveste nunca irás esqueçer pois é o melhor momento da vida!" realmente é verdade, não tinha nada de preocupações nem nada, apenas só me preocupava com os meus pais, com os meus bonecos e em não ir ao parque brincar.
Na gaveta da Saudade eu lá abri, com muita dificuldade, porque cada vez que abria vinha sempre um arrepio dentro de mim. Mas quando abri vi um fundo totalmente onde brilhava lágrimas de tristeza, onde estava uma bela foto das pessoas que já não estavam entre mim, mas sim no coração, mas o que mais me impressionou foi ver lá mesmo no fundo um coração brilhante que estava despedaçado e que ninguém poderia colar ou comprar outro porque coração só há um. Senti que aquele coração significava que sem as pessoas presentes aqui eu só tenho metade do coração, fui ver se havia um papel e havia mesmo lá no fundo, cortei o dedo até para buscar um simples papel com um grande significado que dizia: "Não penses que ver-te de cima é tarefa fácil. Sorri para mim, sorri porque eu terei um alívio enorme. Até já!" eu deixei de sentir um arrepio e sorri como nunca sorri na minha vida e senti um alívio enorme dentro de mim. Já era de noite e desta vez era a luz natural da lua que brilhava no armário mais gosto eu tive em pegar em duas chaves, havia ainda muitas gavetas, mas apeteceu-me abrir só duas, a gaveta da Inveja e a gaveta do Sonho então peguei na chave e abri com cuidado e comecei a sentir um nevoeiro dentro de mim, pela qual não sei explicar, sei que era a gaveta da Inveja mas sentia-me estranho, tentava olhar para a gaveta e parecia que me cegava, lá passado um tempo eu consegui observar bem e vi a Inveja toda que este Mundo tem, vi a Inveja que eu tive/tenho por algumas pessoas, vi tudo e mais alguma coisa, fui pegar no papel e li: "Por mais que Inveja tenhas, tem calma. Tu és único, lembra-te disto!" com medo eu fechei para não me sentir mais como estava.
Por fim, á 1h00 da manhã, abri uma pequena gaveta que tinha um nome tão bonito, tão puro, gaveta do Sonho senti-me tão bem, com uma caixa tão pequena mas com grande significado para mim, tinham sonhos pela qual eu sonho desde pequeno, sonhos que nunca irei esquecer graças a esta pequena gaveta, encontrei estrelas brilhantes, encontrei a lua, encontrei o sol, encontrei sonhos pequenos mas com grande significado. Por fim daquelas coisas sonhadoras, encontrei o papel, onde dizia: "Não deixes de sonhar, tens direito a sonhar. Sonha, tens direito!" com esta frase ainda fiquei mais sonhador. E lá fechei a gaveta, fechei o armário e fui sonhar.

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